quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Tristeza

Quando no início do ano as cartas do Tarot anunciaram que este era um ano de mudanças não pensei que fossem as do tipo triste e definitivas. Já em março perdemos nossa gatinha mais velha. E já há algum tempo que meu querido Nick, amigo e parceiro de 12 tão rápidos anos, vem tendo problemas bastante sérios de saúde. Quando se recupera de um, parece que já tem outro esperando que aquele corpinho de mais ou menos dois quilos e meio tenha condições de reagir.
Hoje registro aqui, com uma tristeza muito grande, pois para mim eles são membros da família, mais uma perda: nosso querido gatinho Cássio, que teve 10 anos de uma vida bastante movimentada e notívaga até ter que ser castrado pois o estado que voltava para casa depois de suas "noitadas felinas" era lastimável. Sobre ele a família tem muitas histórias interessantes para contar...Nos últimos anos ele tornou-se caseiro e pacato, assumindo o papel de patriarca da turma. Foi um final rápido e inesperado, pois poucos dias se passaram entre descobrirmos que havia algo errado com ele e hoje de manhã, quando ele morreu dormindo. Meu povo do pátio está muito quieto, todos com um certo ar de tristeza e recolhimento e que ninguém me julgue louca por atribuir sentimentos aos nossos animais porque eles tem sim, e são muito mais ternos e amorosos do que muitos humanos que conheço. Saudade, Cassinho, muita saudade vou sempre sentir de ti.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

"A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de caráter,
e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem."
(Schopenhauer)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

ELEIÇÕES

A cada nova eleição cresce a admiração estrangeira pela maneira rápida e eficaz como o Brasil vem tratando este assunto. Uma pena é a atitude de muitos brasileiros que é sempre a mesma: a de não querer abrir os olhos e tomar conhecimento da realidade a sua volta. Teimam em se apegar a um ranço ultrapassado e ineficaz que já governou o país e mostrou muito bem o que fazia, perpetuando atitudes e persistindo no intreguismo da própria pátria. Esses, muitas vezes e, infelizmente, são pessoas de nossas relações e que sem conhecer nossas convicções, insistem em nos enviar e-mails com mensagens ensandecidas sobre nossos candidatos. Até agora me limitei a apagar, alguns sem nem mesmo ler, porque sempre respeitei ideologias e cores alheias, mas, também espero o mesmo em relação as minhas. Sempre deixei bastante claro alguns fatos em relação a mim: não discuto religião, futebol e muito menos política. Ah, também detesto explicar tatuagens, tenho porque gosto e tive motivos, que assim como o corpo são meus e, portanto, não tenho que justificar absolutamente nada pra ninguém. Espero, que agora, no segundo turno parem com esta tentativa infantil de tentar fazer a cabeça dos outros e, ao invés disto, abram melhor os olhos e comparem o Brasil de hoje que, nada mais deve ao FMI, entre inúmeras outras coisas, ao Brasil de algum tempo atrás que estava sendo rapidamente leiloado....

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Clarice Lispector










Há Momentos

Há momentos na vida em que sentimos tanto

a falta de alguém que o que mais queremos

é tirar esta pessoa de nossos sonhos

e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.

Seja o que você quer ser,

porque você possui apenas uma vida

e nela só se tem uma chance

de fazer aquilo que se quer.



Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.

Dificuldades para fazê-la forte.

Tristeza para fazê-la humana.

E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes

não têm as melhores coisas.

Elas sabem fazer o melhor

das oportunidades que aparecem

em seus caminhos.



A felicidade aparece para aqueles que choram.

Para aqueles que se machucam.

Para aqueles que buscam e tentam sempre.

E para aqueles que reconhecem

a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante

é baseado num passado intensamente vivido.

Você só terá sucesso na vida

quando perdoar os erros

e as decepções do passado.



A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar

duram uma eternidade.

A vida não é de se brincar

porque um belo dia se morre.

domingo, 12 de setembro de 2010

A formatura passou correndo por nós...hehehehehe!



Pois é, então tudo acabou rapidamente. Em mais ou menos 10 min deixamos de ser bacharelandas e passamos a ser bachareis. Tá e daí, o que exatamente isto muda em mim além do final de compromisso com aulas, horários, trabalhos? Para falar a verdade ainda não parei para pensar nestas questões pois tenho passado mais preocupada em estar junto e proporcionar uma melhor qualidade de vida para meu grande amigo e companheiro, de 12 anos, meu querido Nick, que está doente, do que pensar em questões existenciais nesta hora. Estou vivendo um momento de cada vez, sem grandes alardes. Quando estiver com mais disposição para reflexões pretendo faze-las e a partir daí visualizar melhor quais caminhos podem estar  ou não abertos para mim daqui por diante...

sábado, 4 de setembro de 2010

Chuvas que continuam...

Preguiça extrema, este deveria ser o título e não o início desta tentativa de escrita. O tempo também não tem colaborado em absolutamente nada ultimamente. Se a gente já acorda de mal com a vida só pode conservar este estado de ânimo cada vez que olha por uma janela. Não tenho nada contra chuvas até já disse isso aqui: gosto de chuva mas não quando a umidade torna-se opressiva e invasora. Pode ser que daqui pra diante as coisas tendam a melhorar afinal de contas o ano mais uma vez voou e estamos em pleno setembro. Isto me faz lembrar aquela música "Wake me up when september ends". Sempre acho que esta aproximação da primavera  dá um novo alento, uma promessa não só de dias melhores mas de idéias diferentes, da possibilidade de investir sem medo no novo. 
Tenho me dedicado novamente a leitura de puro deleite, sem compromisso com o saber pontual, com a referência necessária na contextualização de trabalhos. Ler por ler, este tem sido meu prazer. Iniciei na quinta de noite a leitura de um livro sobre Artemísia Gentileschi, minha heroína inspiradora. Tem sido difícil me separar dele. Como gostaria que tivéssemos o poder de voltar ao passado e conhecer de perto algumas pessoas. Adoraria poder observar Artemísia pintar. Quem sabe viajar por lugares onde ela viveu como Florença, por exemplo, não poderiam ampliar esta sensação de quase poder encontrá-la...ah, mundo da imaginação, onde, desde criança sempre me refugiei.
Artemísia Gentileschi-Auto-retrato 

sábado, 31 de julho de 2010

Chuvas, chuvas que lavam a alma

Tem um quê das gravura de Goeldi nesta foto...

Chuvinha chata desde as cinco da manhã. Não que eu tenha alguma coisa contra chuva. Até gosto. Mas a verdade é que há nesses dias uma tendência maior à introspecção e um perigo de mergulhar em pensamentos bastante depressivos, como uma saudade enorme que ainda tenho de meus primeiro e segundo ateliês. Principalmente do segundo onde fiquei mais tempo e que tinha entre outras coisas, um charme todo especial dado por assombrações que nos visitavam de vez em quando. Até parece que estou de brincadeira mas não é. Não era apenas eu que os via e ouvia...fico pensando se eles ainda estão observando o novo ateliê que lá se estabeleceu. Pintei muito por lá, dividi com aquelas paredes muitos momentos delicados da minha vida. Lá também encarnei algumas fantasias antigas minhas, como a de tomar um banho nua no jardim secreto, durante uma tempestade de verão...Saudade daquela casa que compartilhou comigo o momento mais importante de minha carreira de pintora: o de assumir uma identidade própria dentro da pintura. É, dias como hoje me levam direto a estas doces recordações.


terça-feira, 27 de julho de 2010

Ainda no embalo de festa

Não resisti a estes bolos lindos...



segunda-feira, 26 de julho de 2010

Parabéns pra mim!!!


Dia de aniversário, dia especial, principalmente se a gente puder dividi-lo com as pessoas que a gente ama. Mesmo aqueles que já estão noutro plano parece que, neste dia aproximam-se, nem que seja muito rapidamente pra nos darem um abraço e fazerem com que, por um instante, os sintamos por perto. Mereci um dia lindo de céu azul como no dia em que nasci. 
Não sou de comemorações, mas no sábado recebi um pequeno grupo de amigos que enfrentaram uma chuvarada mas vieram tomar o "chá da bruxa". Esta era quase que uma tradição no meu ateliê. Todos os anos na data do meu aniversário fazia um chá que assim foi apelidado, pois além de sempre deixar a mão nestas ocasiões o caldeirão e a vassoura (é sou meio bruxa sim e, assumida), fazia mistério sobre os ingredientes do chá. Sempre foi uma tarde muito alegre e com ótimas companhias, como a de sábado. Agora é aproveitar muito bem este ano novo que começo agora e realizar alguns (senão todos, porque não?) os planos de vida e trabalho que tenho.
Feliz aniversário pra mim!!!!

domingo, 18 de julho de 2010

ACABOU!!!!!


Um dos primeiros trabalhos práticos da faculdade, feito em parceria com a Estela

A menos que pela primeira vez em toda esta faculdade eu tenha ficado em exame em alguma das três materias remanescentes de todo curso que fazia neste semestre, o curso definitivamente acabou. Agora é só esperar que marquem nossa formatura interna e estarei com o canudo na mão. É uma vitória sobre todas as coisas que iniciei e não concluí ao longo de minha vida. Esta eu levei até o final embora, é claro, tenham havido momentos em que me questionei sobre porque seguir adiante e tive vontade de jogar tudo pro ar. Não o fiz e estou aqui triunfante sobre mim mesma. Isto é muito bom, me realiza me dá confiança de que quando quero algo de verdade, eu posso conseguir. Claro que sei que haverá momentos de vazio: onde foi parar a obrigação dos trabalhos por fazer, dos estudos, dos horários. Redirecionar e novo deverão ser as palavras e a vontade daqui pra frente. Não tenho medo do novo, adoro o desafio do inesperado.Estou aqui pronta para o que vem por aí, que espero, ardentemente, seja tão bom quanto foram estes quatro anos e meio que se encerram agora. Adquiri conhecimentos, conheci gente nova e sobretudo fiz algumas amizades verdadeiras, daquelas que não importa que não nos encontremos mais todo dia, mas sempre que sentirmos vontade, será dia de nos encontramos.

domingo, 11 de julho de 2010

Pensando, pensando....


EUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEU

Domingo de trabalho que nem o da semana passada. Não posso me queixar pois esta é a reta final do meu curso. Depois ficará a satisfação de ter concluído o Bacharelado e um certo vazio que sei que certamente terei. Mas, será um novo tempo. O que vou fazer a seguir ainda não sei. Planos tenho vários, ou melhor não propriamente planos, são idéias, que porei ou não em prática. Uma coisa é certa, aprendi que não interessa muito o que se programa: as coisas serão sempre como tem que ser e na maioria das vezes bem diferentes de nossos planos. Mas, assim é a vida e tenho aprendido a aceitá-la em toda a sua realidade. Isto não impede que eu sonhe e tenha desejos. A dúvida é se eles serão realizados ou não...talvez esse seja o grande lance: esperarmos o desenrolar das coisas que por vezes nos surpreendem. De qualquer forma finalmente estou aprendendo que não adianta viver de ansiedade as coisas acontecem em seu próprio rítmo. E nunca é tarde pra se aprender mais sobre calma, contemplação e respiração.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Das antigas...

Sei lá porque dia destes amanheci com esta música na cabeça.

All by Myself
Composição: Eric Carmen

When I was young
I never needed anyone
And making love was just for fun
Those days are gone
Livin'alone
I think of all the friends I've known
When I dial the telephone
Nobody's home
All by myself
Don't wanna be
All by myself
Anymore
Hard to be sure
Sometimes I feel so insecure
And loves so distant and obscure
Remains the cure
All by myself
Don't wanna be
All by myself
Anymore
All by myself
Don't wanna live
All by myself
Anymore
When I was young
I never needed anyone
And making love was just for fun
Those days are gone
All by myself
Don't wanna be
All by myself
Anymore
All by myself
Don't wanna live
Oh
Don't wanna live
By myself, by myself
Anymore
By myself
Anymore
Oh
All by myself
Don't wanna live
I never, never, never
Needed anyone

sábado, 26 de junho de 2010

...........................

Nasci dura, heróica, solitária e em pé. E encontrei meu contraponto na paisagem sem pitoresco e sem beleza. A feiúra é o meu estandarte de guerra. Eu amo o feio com um amor de igual para igual. E desafio a morte. Eu - eu sou a minha própria morte. E ninguém vai mais longe. O que há de bárbaro em mim procura o bárbaro e cruel fora de mim. Vejo em claros e escuros os rostos das pessoas que vacilam às chamas da fogueira. Sou uma árvore que arde com duro prazer. Só uma doçura me possui: a conivência com o mundo. Eu amo a minha cruz, a que doloridamente carrego. É o mínimo que posso fazer de minha vida: aceitar comiseravelmente o sacrifício da noite.

Clarice Lispector

quinta-feira, 24 de junho de 2010

NÃO DEIXE O AMOR PASSAR



Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.

Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.

Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Na ilha por vezes habitada

Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites,
manhãs e madrugadas em que não precisamos de
morrer.
Então sabemos tudo do que foi e será.
O mundo aparece explicado definitivamente e entra
em nós uma grande serenidade, e dizem-se as
palavras que a significam.
Levantamos um punhado de terra e apertamo-la nas
mãos.
Com doçura.
Aí se contém toda a verdade suportável: o contorno, a
vontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o
sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do
mundo infatigável, porque mordeu a alma até aos
ossos dela.
Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres
como a água, a pedra e a raiz.
Cada um de nós é por enquanto a vida.
Isso nos baste.

José Saramago

"O espelho e os sonhos são coisas semelhantes, é como a imagem do homem diante de si próprio".

A pessoa José Saramago findou-se mas não suas palavras, suas idéias. Sua obra continuará viva sempre que alguém ler os livros onde ele compartilhou suas idéias com seus leitores. Considero-me afortunada por ser um deles.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Reflexões outonais


OUTONO

Segunda-feira, a última deste outono. Dia claro de céu azul e muito sol e está frio. O inverno está quase instalado para nos oferecer aqueles dias escuros, muito frios e deprimentes onde nosso primeiro pensamento na manhã é não ter que levantar, é ficar mais no conforto quente das cobertas.
Época de lareira, chocolate quente, vinho, um bom livro ou um filme daqueles que nos fazem embarcar num outro mundo. Aqui a necessidade de outras pessoas a nossa volta parece se intensificar. Ah, o valor de um bom papo...
Estou nos últimos metros, se isso fosse uma caminhada, de terminar meu curso e isso tem merecido muito tempo da minha atenção, seja para terminar as tarefas restantes seja para pensar sobre os rumos que tomarei daqui pra diante. Na verdade o prazer de fazer esta faculdade, a curtição do novo, as amizades construídas lá que faziam com que cada dia de aula fosse um prazer, uma novidade, terminou o ano passado. Não é que as pessoas que encontro nas aula, agora não sejam legais. Trata-se apenas de ter perdido aquela turma que entrou junta e partilhou idéias e ideais. Cada vez que entro no IAD tenho mais forte a impressão de não estar mais no lugar certo, de reconhecer cada vez menos as pessoas. Faz parte do rítmo da vida este estranhamento, faz com que queira ir adiante, procurar outros rumos e entender que este aqui é uma página quase virada.
Que venham outros caminhos que façam com que me sinta viva, desperta, produtiva e inspirada.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Na reta final

Semana de avaliação. Reta final e ainda bastante trabalho para fazer. Volta a corrida maluca, a qual já estava começando a considerar como coisa do passado. Daqui a pouco mais de um mês, o tão esperado; the end. E aí eu pergunto: e depois? Fazer o que retomar a rotina antiga como se nada tivesse acontecido ou por outra como se não tivesse acontecido o IAD na minha vida? Impossível! Tem coisas que passam por nos que queiramos ou não, nos marcar para sempre.O negócio é descansar um pouco e não baixar as mangas arregaçadas porque pretendo ainda ter muito trabalho pela frente. Mundo das artes, prepare-se porque estou voltando e com força total. Desta vez quero o meu lugar ao sol e estou pronta para a luta! Enquanto isso, para descontrair, uma pérola que encontrei nuns arquivos antigos que estou revisando...

"Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
dor que desatina sem doer".

Uma vestibulanda de 16 anos deu a sua interpretação:

"Ah! Camões, se vivesses hoje em dia,
tomavas uns antipiréticos,
uns quantos analgésicos
e Prozac para a depressão.
Compravas um computador,
consultavas a Internet
e descobririas que essas dores que sentias,
esses calores que te abrasavam,
essas mudanças de humor repentinas,
esses desatinos sem nexo,
não eram feridas de amor,
mas somente falta de sexo!"

Ah, o sexo que embora geograficamente habite o hemisfério sul, não sai da nossa cabeça! (ainda bem...hehehehe)


sexta-feira, 4 de junho de 2010

Nietzsche, companheiro antigo



Pós feriado, preguiça, dificuldade em voltar ao trabalho. Ainda mais que não tenho horários marcados, não sou índia então, não tenho chefe que me controle . Mas tenho muito trabalho a ser feito se quiser terminar o curso até o mês que vem. Mas antes uma passadinha por aqui. Ontem lendo um pouco sobre o que escrevem meus amigos do blog encontrei Alguém nos ama (Nietzsche?), no Blog do Vidal. Embora há 14 anos me dedique à arte, tanto no fazer como no ler sobre, a Filosofia é uma paixão paralela. E, Nietzsche, na Filosofia e Beethoven na Música(assunto para outro dia...), são amores particulares. E gosto de saber que tantas outras pessoas ainda procuram nele uma palavra para suas próprias vidas. A frase "O que não me mata me fortalece" há muitos anos me ajuda a superar todas as armadilhas que a vida me apresentou. E o faz com louvor. As palavras de Nietzsche sempre me ajudaram nesta busca da força que existe dentro de todos nós, mas que em alguns insiste em se manter adormecida. Em homenagem a isto hoje mesmo pegarei alguma obra dele em minha biblioteca para reler.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Feriado!


De pernas pro ar

Lembro ainda com que ansiedade se esperava um feriado quando era criança e adolescente. Um hiato nas atividades diárias, um não levantar cedo, a falta daquele compromisso diário de não chegar atrasada em aula. Hoje é tudo diferente, as minhas chamadas "obrigações" diárias não mudam se o dia é vermelho ou preto na folhinha. A diferença maior se encontra no número de pessoas que ficam por casa. Na hora do almoço que, como nos domingos, vai parar lá quase no horário do café da tarde. Fora isso, não vejo mais tanta diferença de um dia comum.
Minhas rotinas andam mudadas, e, depois de julho mudarão ainda mais, pois terminará meu compromisso com a faculdade. Já anunciei aqui por casa que tirarei um "semestre sabático". Chique esta expressão, parece até que está na moda, pois volta e meia a leio com relação a algum artista, jornalista, etc. Um semestre sem compromissos, tentando me deixar levar apenas pela vontade de momento...será que aguento? Acho que estou há muito condicionada a horários, compromissos meus e dos filhos, que enquanto pequenos temos que assessorar constantemente. Mas este tempo já passou, eles tem e gerem seus próprios compromissos. Tempo para ler, pensar, dormir, ver filmes, sair sem destino, meditar sobre tudo e, principalmente sobre nada. Se eu não começar a subir as paredes pela falta de cobranças e horários, já estará de bom tamanho.

domingo, 30 de maio de 2010

Como um dia de domingo



Domingo é o dia em que vez por outra mais lembro de minha infância. Nestas manhãs por uma questão de costume, criação, tradição de família sei lá, ia à missa. Na verdade, eu e minhas amigas/vizinhas não íamos por questões de fé mas sim porque naquela época os meninos que nos interessavam também iam, e, a missa se transformava num grande local de paquera mesmo. Ainda hoje adoro o som de sinos que ainda se ouve nestas manhãs. Aqui na minha nova casa não os escuto como antes lá na Anchieta. É engraçado como este som parece abrir uma lembrança esquecida de um dia luminoso, ensolarado, uma igrejinha branca meio distante em um local mais elevado, roupas no varal voando brincalhonas ao sabor do vento. Não sei se isto vive apenas em minha imaginação, se é a materialização de uma cena lida em algum livro, se é uma recordação de outra vida. Não sei e isso não me aflige, apenas é uma sensação muito, mas muito boa mesmo. Apenas é mais uma coisa que perdi...como tantas outras. Paciência é pra frente que se anda e, ainda não aprendi a ser conformista, nem quero e lá no fundinho alimento a esperança de que em meu futuro(que,por favor, seja no imediato)ainda haja, muitas sensações boas, inebriantes, enfim que ainda haja muita vida plena por vir.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Finalzinho de quarta-feira


Daniel, adorei teu leão, que" por acaso" é meu sígno

Quarta-feira terminando e resolvi dar uma passadinha por aqui só para não perder o costume. Cheguei tarde da faculta pois hoje foi a primeira palestra do projeto: Artista vive de que?, da profe. Neiva Bohns. O primeiro artista convidado para falar sobre sua carreira foi o Daniel Acosta, que mandou muito bem na sua fala. Taí um cara que tem um ótimo trabalho dentro da arte contemporânea, que se mantém sempre fiel as suas próprias idéias e a seu rítmo na vida e na arte. Acho isto muito legal e admiro muito o seu trabalho.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

All the lost souls!



Não sei se vocês como eu gostam das músicas do James Blunt. Eu adoro, particularmente Same Mistake. Acho muito sugestivo o título deste CD, parece que neste momento ele também está fazendo parte de toda esta legião de almas perdidas que esta vagando por aí...

Ah, a Martha Medeiros...

Começo esta semana com a Martha Medeiros, de quem estou lendo um livro ótimo, como tudo que ela escreve! Aliás se eu parar pra pensar chego a conclusão que minha analista pode ficar até frustada pois, apesar de me escutar pacientemente toda a semana, por vezes parece que a Marta conhece meus pensamentos melhor até mesmo que eu...

Não há nada que me deixe mais frustrada
do que pedir Pudim de sobremesa,
contar os minutos até ele chegar
e aí ver o garçom colocar na minha frente
um pedacinho minúscula do meu pudim preferido.
Uma só.

Quanto mais sofisticado o restaurante,
menor a porção da sobremesa.
Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência,
comprar um pudim bem cremoso
e saborear em casa com direito a repetir quantas
vezes a gente quiser,
sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.

O PUDIM é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.

A vida anda cheia de meias porções,
de prazeres meia-boca,
de aventuras pela metade.
A gente sai pra jantar, mas come pouco.
Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.


Conquista a chamada liberdade sexual,
mas tem que fingir que é difícil
(a imensa maioria das mulheres
continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').

Adora tomar um banho demorado,
mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.

Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo,
mas tem medo de fazer papel ridículo.

Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD,
esparramada no sofá,
mas se obriga a ir malhar.
E por aí vai.

Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar',
tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...

Aí a vida vai ficando sem tempero,
politicamente correta
e existencialmente sem-graça,
enquanto a gente vai ficando melancolicamente
sem tesão...
Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'.
Deixar de lado a régua,
o compasso,
a bússola,
a balança
e os 10 mandamentos.

Ser ridícula, inadequada, incoerente
e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito.
Recusar prazeres incompletos e meias porções.

Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase mais ou menos assim:
'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...

Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem,
podemos (devemos?) desejar
vários pedaços de pudim,
bombons de muitos sabores,
vários beijos bem dados,
a água batendo sem pressa no corpo,
o coração saciado.
Um dia a gente cria juízo.
Um dia.
Não tem que ser agora.

Por isso, garçom, por favor, me traga: um pudim inteiro
um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order',
uma caixa de trufas bem macias
e o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente.
OK?
Não necessariamente nessa ordem.


Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago . .

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Apenas dando um tempo de recolhimento


Epahei Mãe Iansã, que eu volte melhor e mais forte!

Preguiça, esta tem sido a marca registrada de minha vida nos últimos tempos. Na verdade é como se este semestre eu esteja numa grande ressaca de tudo que foi o ano passado e o início deste, em termos de trabalho e mudanças. Às vezes me sinto como uma semente em estado de latência que não tem certeza ainda se vai germinar ou se deixar secar. Parece um pensamento meio amargo(só meio? fala sério...). Não quer dizer que só esteja sentada em cima da bunda, não fazendo absolutamente nada. Não é isso, apenas estou evitando de alçar novos vôos, de experienciar novas coisas. Estou preferindo caminhar apenas em territórios conhecidos, talvez, armazenando forças para os próximos passos, pois eles forçosamente terão de vir ou estarei decretando minha total inércia, falência mesmo de vida útil. E este nunca foi meu perfil, o de entreguista, medrosa. Estou dando somente um tempo de descanso para a guerreira cuidar melhor e polir com firmeza suas armas...

domingo, 25 de abril de 2010

O livro desconhecido

"Estou a procura de um livro para ler. É um livro todo especial. E o imagino como a um rosto sem traços. Não lhe sei o nome nem o autor. Quem sabe, as vezes penso que estou a procura de um livro que eu mesma escreveria. Não sei. Mas faço tantas fantasias a respeito deste livro desconhecido e já tão profundamente amado. Uma das fantasias é assim: eu o estaria lendo e, de súbito, uma frase lida com lágrimas nos olhos, diria em êxtase de dor e de enfim, libertação: mas é que eu não sabia que se pode tudo, meu Deus! (Clarice Linspector)"

segunda-feira, 15 de março de 2010

Saudade


LUA, bem amada!

"Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche."

Martha Medeiros

domingo, 14 de março de 2010

ESQUECER?

A verdade é uma só, a gente não esquece pessoas que foram tão importantes na nossa vida, mesmo quando elas nos fizeram sofrer como o cão.

A boa notícia é que a gente não esquece, mas supera. E se lembra de outras coisas: de como somos fortes e merecemos mais. Lá na frente, fica difícil lembrar porque pastamos tanto, e as boas recordações se transformam em fotos num álbum da memória, que você vê sorrindo - mas depois guarda de novo no fundo do armário e segue a vida.
Como se faz isso? Enfrentando. Dói muito perder um amor, seja levando um fora, seja desistindo dele. O Caio Fernando Abreu, um escritor gaúcho, disse uma vez que a dor de perder alguém em vida é pior do que a dor da morte, porque é o nunca mais de alguém que se poderia ter, já que está vivo e por perto.
A gente costuma só fazer bobagem nessa hora. Planejamos vinganças que nunca iremos concretizar - ou, pior, que tentamos. Fazemos piada, apontando todos os defeitos que, enquanto estavam ao lado, não incomodavam tanto assim. Arranjamos outros casos ou beijamos estranhos na balada. Temos recaidas, ligamos pra dizer as coisas que ficaram no ar, cedemos sob a ilusão de que foi só dessa vez, ou que é só sexo, ou que foi a última. Ficamos obcecadas em pensar no que deu errado, no que poderíamos ter feito, no que deveríamos esclarecer. Dizemos que nunca mais, quando sabemos que, no fundo, queríamos dizer sim. E por aí afora.
Digo isso porque, bem, já tentei esquecer uma boa meia dúzia de pessoas. E não fica mais fácil a cada novo fim, e cometo as mesmas bobagens, sabendo que não deveria. Esquecer é impossível, mas conviver com as lembranças às vezes dói tanto que é mais fácil voltar atrás. Engano. Não é. Devem existir exceções, que não conheço pessoalmente, mas na maioria das vezes o fim é o fim, e qualquer tentativa de recuperar o tempo, o afeto ou os sonhos perdidos só nos arrasta ladeira abaixo.
Pois bem. Número um: assuma a dor. Coisas morrem quando se perde um amor: aquela parte da gente que acreditava no final feliz, a paixão que parecia tão certa, os momentos felizes que não se repetirão, a companhia com quem nos habituamos. Tentar se enganar com soluções práticas do tipo cortar o cabelo e comprar roupas novas, ou cair nos discursinhos de sou-mais-eu não tapa o buraco. Melhor dizer, em voz alta, pro espelho e para quem mais puder ouvir, que sim, estamos sofrendo. Chorar, gritar, socar o travesseiro. E nos dar esse tempo de luto, feito de silêncio, de reflexão, de recolhimento - e não de gestos impulsivos movidos pelo desespero, que não podem trazer de volta quem se foi nem nos fazer sentir melhor a longo prazo.
Depois, vem a reconstrução. Quando vivemos próximas demais de alguém, a vida muda, fica dupla. É hora de lembrar nossas necessidades. Quais eram nossos planos antes da história começar? O que deixamos para trás nessa relação? Não precisamos ter alguém ao lado para estar inteiras. Esse buraco que fica é um vazio só nosso, que preenchemos com pessoas a título de amor. Errado. Precisamos tapá-lo sozinhas, resolvendo nossas carências, enfrentando nossos medos, nos tornando pessoas completas. Por nós e pelas nossas próximas relações: quem precisa de alguém para ser feliz não o será, nem sozinha, nem com companhia nenhuma.
E sim, táticas práticas, como tirar as lembranças de perto, ir a lugares que não estão marcados pela história, mudar de sala, de emprego, de cidade até, arranjar um caso novo, isso tudo pode ajudar por um tempo. Mas não podemos fugir de nós mesmas, e nenhuma mudança externa resolve se não evoluímos por dentro. Pode-se aprender com a perda, mas somos nós quem temos que tirar essa lição.
Quanto tempo leva? Tudo demora quando temos pressa, mas tenho uma teoria. Uma vez fui a um endocrinologista, querendo emagrecer dez quilos nos dois meses que faltavam para o verão. Ele me perguntou quanto tempo levei para engordar. Um ano, respondi. E o que ouvi foi o seguinte: você não vai conseguir perder dez quilos de forma saudável - e permanecer magra - em um tempo menor do que aquele que levou para engordar. Seu corpo e sua cabeça precisam de tempo para se adaptar a um novo estilo de vida.
Pensando nas minhas histórias de fim, percebo que para superar levei o mesmo tempo que precisei para chegar ao auge da paixão. Às vezes uns meses, às vezes anos. E, como nas dietas, tive que dizer não para mim mesma - e para os outros - muitas vezes. Como nas dietas, pensei em desistir, dar uma escapadinha ou fazer loucuras. Mas, quando acreditei que a vida de antes não valia mais a pena, consegui reunir forças para continuar. E cheguei lá: sem a dor dos homens que perdi, sem os quilos que ganhei. Boa sorte.
(Não lembro quem é o autor, esqueci de anotar...sorry, mas o texto é ótimo!)

terça-feira, 9 de março de 2010

Tristeza profunda


Lua, minha saudade será eterna...
Mudanças...
O que escrever sobre mudanças que ainda não tenha sido dito até a exaustão? Não interessa muito, o importante é saber como me sinto quando o que mudou afeta minha vida. Ontem tomei mais uma decisão rumo ao diferente: devolvi a Lua para Lúcia, não por considerá-la um peso, um trabalho a mais, mas sim porque a situação de greve de fome dela me preocupa muito. Pode ser que voltar para quem ela, de fato, escolheu como sua dona (ou de quem ela é a dona, sabe como são os gatos...) a salve de uma morte lenta por inanição voluntária.
São 5 horas da manhã, estou acordada desde as 3 e meia, já li, já pensei muito, já me revirei na cama, já chorei. Aliás continuo a ter vontade de chorar. Muita vontade. Sei lá o que me deu, talvez agora que passou o primeiro momento louco de arrumar tudo pra trazer, a correria das últimas semanas, a formatura tão aguardada do Flávio, que já ficou pra trás, também. Bateu forte uma depre. O certo é que tudo mudou e, mesmo que se agora isto não soe como o esperado, não há mais para onde voltar. Tudo já está diferente, modificado, o ninho agora só existe em nossas recordações. Iniciar algo novo é isso, despedir-se do familiar e acolhedor. Iniciar uma viagem sem volta a novos rumos.
Escrever de madrugada textos assim, sem compromisso, é algo que já não fazia há bastante tempo. Ano passado praticamente tudo que escrevi foi em função da faculdade. Este tempo também já é outro, por lá estou apenas pelo próximo semestre para acertar minhas pendências, que pensando bem, nem precisavam ter existido se, na época tivesse refletido um pouco mais sobre preguiça e fazer concessões a quem afinal de contas nem as merecia. Paciência, as coisas tomaram este rumo por escolha minha e, agora é tocar o barco adiante. Já devo ir pensando qual próximo rumo profissional posso dar a minha vida. Por enquanto não são nem planos, são vislumbres que, de repente, podem dar em nada. Sinto que este momento é muito de introspecção como pede toda uma nova situação. Momento de recolhimento, onde a solidão tem sido bem vinda, se é que se pode chamar assim, de solitária uma cabeça tão cheia de pensamentos. Às vezes, gostaria muito de poder me desligar um pouco, tipo aqueles robôs de filme, mas parece que este controle não me foi instalado. Paciência! Talvez esta seja não só a palavra para o momento mas principalmente a virtude que me esteja sendo ensinada.
(08/03/10 5h49min)
São 23h e 16min, hoje é 9. Acho que tenho agora a resposta sobre o porquê daquela tristeza toda que me acompanhou desde ontem. A Lua morreu. E por mais que já tenho enfrentado a morte, as ausências, esta perda me dói tanto quanto a de perder alguém da família. Acabei de fazer o que nunca tinha feito antes: preparar a mortalha e devolver alguém a terra. De certa maneira ela vai estar sempre junto comigo daqui para frente, enterrada no meu jardim. Coincidência ou não, mandei colocar na outra semana, meu banco de pedra bem defronte ao que agora é seu pequeno túmulo, como se pressentisse que ele vai me ser útil para sentar mais perto dela. Foram 13 anos de convivência, sendo que desde há algum tempo era como se tivéssemos criado um novo relacionamento entre nós duas. Era comum perder o sono e encontrá-la sentada muito quieta junto a minha cabeça. Fazia um afago em suas orelhas, ela me devolvia com umas cabeçadinhas e seguíamos a noite até eu acordar de manhã e o ritual se repetir. Minha preta, que não era minha na verdade e sim da Lúcia, vou ter muita, mas muita saudade mesmo de ti.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

De Concha para minhas pinturas....

Hoje tenho a felicidade de aqui reproduzir a postagem de minha amiga, escritora e poetisa, Concha Rousia de Portugaliza, com o poema que em 2007 ele fez para um quadro meu. Obrigada, minha inspiradíssima e sensível amiga, que vê muito além das aparências!



(Charles, 'estudo em pastel seco para quadro' Helena Badia)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Palavras par um nu masculino

Palavras para um quadro da pintora brasileira Helena Badia



Já antes me vi só
habitando este corpo,
agora somos dous
veio comigo a saudade
com seu saber
da existência
de uma porta

Mas não abras
meus olhos
ficaram afeitos
á luz da tua presença


Habitarei a cova
do meu crânio
vazando fora
todo pensamento
deixarei dormir as carnes
o sono da tua ausência

De aqui sei que posso ir
a outro lado de mim
mesmo ao fundo
donde talvez ouse
sentir tua partida
será depois
talvez
que pedirei abrir a porta.

Concha Rousia
Postado por Concha Rousia às 04:12

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Auto-retrato
Óleo sobre tela
50cmX70cm
2010
TERMINOU!!!!!


Ontem apresentei meu TCC, trabalho de praticamente ano inteiro, mas que valeu o esforço. Sei que não demora muito começa aquela sensação, que no princípio é ótima, de trabalho feito....mas e depois? O que fazer agora que não é mais necessário ler até doer, escrever até altas horas ou acordar na madrugada procurando uma inspiração de escritor que tantas vezes entrava "em curto"?


Gosto de escrever, é uma atividade que pode ser extremamente prazeirosa (ler o pequeno livro de R. Barthes: "O prazer do texto", deliciosíssimo!!!). O problema de escrever um texto acadêmico está aí na sua própria definição: acadêmico. É todo um respeitar algumas regras, fugir daquela 'conversinha de bar' (o que há de errado nela?) e encarnar um espírito mais erudito. Mas apesar de todos estes percalços está aí, feito, cumpriu seu destino ontem, mereceu a nota máxima! Estou muito contente comigo mesma, até, talvez, um pouquinho feliz...porque não arriscar e dizer?
Agora é tocar pra frente e seguir outros rumos ou este mesmo, porém, renovado, iniciando outro momento...
Por enquanto, curto uma das pinturas (parte prática do TCC) do: Dos meus muitos eus, título de meu trabalho de conclusão de curso, que inicia este textinho.


sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Te esconjuro assunto chato!!!!!!

Que coisa chata é a gente viver se queixando de tudo mas, parece que tem fases da vida que mesmo que tu resolvas que não mais vais te envolver em nada de coisas enjoadas, insistentes, geradoras de discórdias, desagradáveis que só te enchem o saco, mais elas te procuram. Credo, te esconjuro! se vocês souberem que saí pra' comprar cigarro (nem fumo mais....)e não voltei, podem crer que devo estar bem melhor, incógnita e distaaaaaante!!!! Realmente devo ter jogado pedra na cruz e pelo visto a pessoa encarregada de me cobrar alguma coisa sobre isso anda bem perto e empenhada na cobrança, né cunhada????....hehehehehehe.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Bem vindo 2010!

Enfim! Terminou segunda-feira quando entreguei meu trabalho escrito para encadernar, uma verdadeira batalha de dois semestres que, de certa maneira, centralizou e comandou minha vida durante 2009. Ainda faltam alguns ajustes em dois quadros e a apresentação oral para a banca no dia 20. Mas nada se compara a sensação de liberdade que senti ao deixar o ateliê da Cristina, com a capa escolhida e a data de entrega acertada. Alívio mesmo por ter conseguido concluir um trabalho em que por momentos achava que não daria conta, mas está lá concluido em suas 81 páginas que, (do ponto de vista acadêmico podem nem estar muito corretas pois tenho dificuldade com esta linguagem, prefiro a coloquial à sua frieza) atestam minha dedicação e esforço. Agora é descansar um pouco (enquanto carrego pedras...), curtir a mudança para minha nova casa e começar a esboçar meus planos para este ano novinho em folha, mas que não demora nada vai começar a correr que nem os anteriores. Afinal foi o tempo que acelerou ou nós que nos soterramos de atividades a ponto de nem conseguir parar e apenas curtir momentos? Estou tentando desacelerar e me deixar por vezes curtindo apenas os prazeres de me ouvir respirar, de estar e me sentir viva, ouvir os pássaros, olhar o céu...não abandonar a esperança de ainda viver grandes emoções. Que venha 2010, e que venha muito vivo, como eu gosto de me sentir!