quarta-feira, 29 de junho de 2011

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Inverno



Pois é o inverno voltou e com ele aquela cara de mau humor dos dias cinzentos, chuvosos e com vento. Pior é que eu gosto...principalmente se estiver ouvindo a Adriana e esta música que me lembra outros invernos mais felizes...

No dia em que fui mais feliz
Eu vi um avião
Se espelhar no seu olhar até sumir
De lá pra cá não sei
Caminho ao longo do canal
Faço longas cartas pra ninguém
E o inverno no Leblon é quase glacial
Há algo que jamais se esclareceu
Onde foi exatamente que larguei
Naquele dia mesmo
O leão que sempre cavalguei
Lá mesmo esqueci que o destino
Sempre me quis só
No deserto sem saudade, sem remorso só
Sem amarras, barco embriagado ao mar
Não sei o que em mim
Só quer me lembrar
Que um dia o céu reuniu-se à terra um instante por nós dois
Pouco antes de o ocidente se assombrar

Composição : Adriana Calcanhoto/Antonio Cícero

domingo, 19 de junho de 2011

Domingo...

Domingo cinza esverdeado. 
Chuva a toda hora, dia propenso a introspecção e a depressão! 
Encontrei este texto que me pareceu lindo. 
Divido com vocês meus amigos.


O tempo passa...

Tenho sentido uma imensa tristeza. Esta tristeza é resultado de sua distância. Tenho notado sua distância.

Sua fuga esfria o meu coraçao e não tenho tido ânimo de escrever-lhe. O que alimentava a minha esperança, o meu coração, era a confiança que tinha no seu desejo por mim e por ser mais feliz do que é, ao meu lado. Mas este sentimento esfriou com algumas de suas decisões. O tempo cura todas as dores humanas mas curar nao significa esquecer e sim superar, aceitar, compreender tal situação. Desta forma o tempo irá trazer o que aparentemente você quer. Esquecer o que sente por mim. Isto fatalmente irá acontecer. Este é o motivo de minha tristeza. Porém, pela lógica que tanto norteia o seu estilo de vida, se o tempo cura, quer dizer que também irá curar a minha dor, o meu sofrimento, a minha tristeza.Sei que irá curar, sei sim. A questão é que o tempo cura, cicatriza, mas nunca, nunca o tempo apaga o que acontece. O tempo é implacável. Não existe e nunca existirá ação do homem que permita voltar no tempo, viver um outro lado para saber se vale ou valeria a pena. O tempo somos nós quem conduzimos, pelo nosso livre arbítrio. E uma vez passado, perdido, não quer dizer infeliz ou que não conquistará tudo que sempre quis, mas aquele tempo, ele jamais retornará, jamais saberá o que seria de você se tivesse conduzido o seu tempo de forma diferente. O tempo passa, mas poderão passar duzentos anos, não esquecerei que dediquei o meu tempo, precioso tempo de minha curta vida a você. E cada minuto foi muito bem investido, mesmo que sem resultados, afinal, qual decisão seria a minha e o que seria de mim se tivesse escolhido outro caminho? O que importa é que o tempo vai passar...mas não vou esquecer você, os meus sonhos com você, os meus desejos por você, os meus dias nos pequenos momentos no tempo em que estive com você...O tempo é como o amor. Ele passa por nossa vida, bem diante de nossos olhos, as vezes vivemos, as vezes não, mas esquecermos, jamais...
Otavio Freitas
Publicado no Recanto das Letras em 19/04/2011