sábado, 5 de novembro de 2011

O Paradoxo do Nosso Tempo


Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente. 
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. 
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. 
Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos.
Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias. 
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas". 
Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.
Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Wicca, o culto da deusa-mãe




doutrina Wicca define-se como a busca de auto-conhecimento, da harmonia com os poderes, ritmos e ciclos da natureza e pelo equilíbrio do homem com o seu meio.
A doutrina Wicca define-se como a busca de auto-conhecimento, da harmonia com os poderes, ritmos e ciclos da natureza e pelo equilíbrio do homem com o seu meio. Com base nesta visão, em tradições populares europeias, nas escolas ocultistas e nas técnicas xamânicas, foi sendo construída a religião também chamada Paganismo, Neo-Paganismo ou Religião Antiga, baseada na imagem de uma deusa-mãe.
Wicca significa "A Arte" ou "Bruxaria", e nasceu na tradição anglo-saxónica, inspirada em mitos e divindades celtas, galesas e irlandesas, e pela mitologia greco-romana acrescida das tradições populares.
A doutrina Wicca entende a magia como um conjunto de técnicas capazes de manipular positivamente as energias naturais, e tem como lema: "Faz o que queres, sem prejudicar ninguém".
O paganismo, centrado na Natureza, valoriza os ciclos e a geração da vida. Sugere uma aproximação do matriarcalismo das primeiras sociedades humanas. A observação dos ritmos e da fecundidade da terra inspira respeito e propõe uma relação de cumplicidade entre masculino e feminino, simbolizada pela relação entre Deusa e Deus.
O objetivo da identidade pagã é libertar homens e mulheres dos seus papéis rígidos e estereotipados para que possam viver em comunhão entre si e com o Universo.
O Paganismo é representado pela deusa Sheila-na-gig, deusa da fertilidade na mitologia britânico-celta, que tinha genitais proeminentes, representando a vida nascida da fêmea. Com o advento do Cristianismo, passou a ser descrita como um demônio feminino, e era retratada na parte externa das igrejas inglesas como símbolo do Mal. Algumas outras faces da Deusa são Lilith, Ísis, Deméter e Hécate.
A Deusa é também representada nos aspectos de Donzela, Mãe e Anciã, simbolizados nas fases crescente, cheia e minguante da Lua e o seu consorte é o Sol.
O Feminino Divino foi a imagem sagrada que manteve a humanidade ligada à Natureza e tornou-se sinônimo de fertilidade, sabedoria, harmonia, justiça e beleza. Durante o Neolítico e o Paleolítico, a humanidade viveu em harmonia mágica com o ciclo da vida, mas com o desenvolvimento da civilização, a Natureza passou a ser imaginada como uma força indomada a ser subjugada e controlada.
Foi nesse processo de separação que a unidade da vida se tornou dualidade, Espírito e Natureza, Mente e Matéria, Deus e Deusa. Deus foi identificado com o espírito, a luz, a mente criativa e o bem. À Deusa, foram associados a Natureza, a escuridão, o caos e o mal, associada à mulher pela ligação com os seus ciclos e pelo instinto.

domingo, 11 de setembro de 2011

Só um lembrete do Quintana ...



'A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.

Quando se vê, já passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando,
pelo caminho,
a casca dourada e inútil das horas.
Desta forma, eu digo:
Não deixe de fazer algo que gosta, devido à falta de tempo,
pois a única falta que terá,
será desse tempo que infelizmente não voltará mais.'

sábado, 20 de agosto de 2011

Perder-se no mundo mágico, atemporal...

Peguei emprestada esta linda foto de minha amiga Ceres Torres para que, olhando para ela pudesse deixar minha imaginação correr solta...

Um trapiche solitário que mais parece um portal para outra dimensão, aquela dos sonhos onde tudo é possível.
Em busca do que este alguém misterioso percorre o precário caminho solto no ar?
Pra mim, a neblina traz um convite para que se acredite na possibilidade de visitar outras dimensões, outros tempos. Aqueles mais felizes que nos negamos a acreditar que acabaram. Sempre resta a esperança de que continuem existindo em outra dobra temporal.
Sensação mágica esta de parecer caminhar entre nuvens que atenuam o som a nossa volta, tornando tudo mais distante. 
Como será encontrar outra pessoa que também tenha se deixado encantar por este feitiço do tempo? E, se por força de nossos pensamentos for alguém que sempre quisemos encontrar assim em algum momento não registrado do passar dos dias?
As possibilidades mágicas sempre me encantam e me fazem sonhar... 

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Ainda "Cartas para Julieta"


Alguns dias trás revi o filme "Cartas para Julieta".
É um filme leve, previsível. Daqueles que não exigem nenhum esforço de nossa parte a não ser o de apreciar as belíssimas paisagens italianas...Mas, tem algo que pode fazer com que se pense, e bastante sobre destino, amor, objetivos. É a resposta que "Julieta"/Sophie escreve para Claire.

Querida Claire
“e” e “se” são duas palavras tão inofensivas quanto as palavras podem ser, mas se colocadas juntas lado a lado elas tem o poder de perseguir você para o resto da vida.
E se? E se? E se?
Eu não sei como sua historia terminou, mas se o que você sentia naquela época era amor verdadeiro então nunca é tarde demais
Se era verdadeiro então, porque não seria agora? Você só precisa de coragem para seguir seu coração.
É difícil imaginar um amor como de Julieta... Um amor que nos faça abandonar entes queridos, que nos faça cruzar oceanos.
Mas eu gostaria de acreditar que se um dia eu sentir esse amor terei coragem de ir ao encontro dele.
E Claire se não o fez naquela época espero que ainda o faça um dia.

Com todo amor

Julieta

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Mais um ano que passou...


Na terça fiz aniversário. E novamente acho que o ano passou voando. 

Custo a crer que tenha passado tudo isso desde o “chá da bruxa” com que comemorei em 2010. Este ano andei avessa a comemorações. Motivos foram vários, mas, prefiro agrupar todos dentro do mais significativo: este é o primeiro ano longe do Nickinho e a saudade e lembrança dele sempre estão muito forte dentro de mim.
O que posso refletir sobre este mais um ano acrescido aos já muitos outros? Ando mais calada e pensativa. Algumas coisas que quero e outras que sei que não, tenho bem claras na cabeça. O problema para colocar ação em tudo é vencer a inércia inicial, depois ela desanda. Mas tem faltado o impulso...
Quem sabe se a consciência de que só faltam quatro meses para terminar mais um ano adiante de alguma coisa... 

quarta-feira, 29 de junho de 2011

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Inverno



Pois é o inverno voltou e com ele aquela cara de mau humor dos dias cinzentos, chuvosos e com vento. Pior é que eu gosto...principalmente se estiver ouvindo a Adriana e esta música que me lembra outros invernos mais felizes...

No dia em que fui mais feliz
Eu vi um avião
Se espelhar no seu olhar até sumir
De lá pra cá não sei
Caminho ao longo do canal
Faço longas cartas pra ninguém
E o inverno no Leblon é quase glacial
Há algo que jamais se esclareceu
Onde foi exatamente que larguei
Naquele dia mesmo
O leão que sempre cavalguei
Lá mesmo esqueci que o destino
Sempre me quis só
No deserto sem saudade, sem remorso só
Sem amarras, barco embriagado ao mar
Não sei o que em mim
Só quer me lembrar
Que um dia o céu reuniu-se à terra um instante por nós dois
Pouco antes de o ocidente se assombrar

Composição : Adriana Calcanhoto/Antonio Cícero

domingo, 19 de junho de 2011

Domingo...

Domingo cinza esverdeado. 
Chuva a toda hora, dia propenso a introspecção e a depressão! 
Encontrei este texto que me pareceu lindo. 
Divido com vocês meus amigos.


O tempo passa...

Tenho sentido uma imensa tristeza. Esta tristeza é resultado de sua distância. Tenho notado sua distância.

Sua fuga esfria o meu coraçao e não tenho tido ânimo de escrever-lhe. O que alimentava a minha esperança, o meu coração, era a confiança que tinha no seu desejo por mim e por ser mais feliz do que é, ao meu lado. Mas este sentimento esfriou com algumas de suas decisões. O tempo cura todas as dores humanas mas curar nao significa esquecer e sim superar, aceitar, compreender tal situação. Desta forma o tempo irá trazer o que aparentemente você quer. Esquecer o que sente por mim. Isto fatalmente irá acontecer. Este é o motivo de minha tristeza. Porém, pela lógica que tanto norteia o seu estilo de vida, se o tempo cura, quer dizer que também irá curar a minha dor, o meu sofrimento, a minha tristeza.Sei que irá curar, sei sim. A questão é que o tempo cura, cicatriza, mas nunca, nunca o tempo apaga o que acontece. O tempo é implacável. Não existe e nunca existirá ação do homem que permita voltar no tempo, viver um outro lado para saber se vale ou valeria a pena. O tempo somos nós quem conduzimos, pelo nosso livre arbítrio. E uma vez passado, perdido, não quer dizer infeliz ou que não conquistará tudo que sempre quis, mas aquele tempo, ele jamais retornará, jamais saberá o que seria de você se tivesse conduzido o seu tempo de forma diferente. O tempo passa, mas poderão passar duzentos anos, não esquecerei que dediquei o meu tempo, precioso tempo de minha curta vida a você. E cada minuto foi muito bem investido, mesmo que sem resultados, afinal, qual decisão seria a minha e o que seria de mim se tivesse escolhido outro caminho? O que importa é que o tempo vai passar...mas não vou esquecer você, os meus sonhos com você, os meus desejos por você, os meus dias nos pequenos momentos no tempo em que estive com você...O tempo é como o amor. Ele passa por nossa vida, bem diante de nossos olhos, as vezes vivemos, as vezes não, mas esquecermos, jamais...
Otavio Freitas
Publicado no Recanto das Letras em 19/04/2011

domingo, 22 de maio de 2011

De cães e mendigos (crônica)

Peço ao meu amigo Francisco Vidal e ao Manoel Magalhães que me desculpem se peguei, sem permissão esta crônica, mas ela é tocante e comovente demais...
Visitem o blog:  Atendimento à População de Rua em Pelotas (RS) 


O escritor pelotense Manoel Soares Magalhães publicou esta crônica na terça-feira 6 de julho de 2010 (leia os comentários no blog Amigos de Pelotas).


Como gosto muito de caminhar - de preferência muito cedo -, percebo que os moradores de rua, nos últimos anos, aumentaram consideravelmente em Pelotas. Amanhecem sob as marquises, nos vãos das portas ainda não gradeadas, via de regra na companhia de seus guardiões, os cachorros.
Chega a ser comovente a forma como velam o sono dos mendigos, de todos os sexos e idades. À frente do Campo do Esporte Clube Pelotas, na Avenida Bento Gonçalves, abaixo do portão central, cinco ou seis moradores de ruas se aninham, aquecendo-se como podem, buscando no sono a libertação de suas amarguras cotidianas. Em derredor os cachorros, de todos os tamanhos, vigilantes, dormindo ou catando pulgas.
 Por isso sou obrigado a reconhecer que são, realmente, os melhores amigos do homem, pois aceitam a miséria que lhes é imposta para permanecer na companhia de seus donos, que não pode lhes dar nada, exceto carinho. Às vezes paro para observar-lhes o olhar, do qual pinga mel de tanta veneração que têm pelas almas errantes que, dia após dia, seguem pelas ruas da cidade na dolorosa faina de sobreviver num mundo cada vez mais duro e excludente.
Dias atrás, tomando café no Aquário, vi adentrar um desses anônimos que vagabundeiam pela cidade, dirigindo-se à caixa. Enfiou esquálida mão no bolso, do qual emergiu amassadas notas. Pagou o direito de tomar um cafezinho como todo mundo, acotovelando-se no balcão.
Claro que se abriu ao seu redor um clarão, pois seu cheiro, digamos, não era dos mais atraentes. Chegada sua vez, serviram-lhe o cafezinho. Em vez de tomar, pegou a xicrinha e, com desenvoltura, levou-a a rua. Foi em direção à Caixa Econômica, onde, sentado no chão, costas à parede, esperava seu companheiro, retinto negro de olhar esfaimado, com a perna direita enfaixada.
Estendeu-lhe a xícara, que foi pega por hesitante e trêmula mão. À volta, claro, quatro ou cinco cães, línguas de fora, esperando o desenrolar da história. O negro tomou o cafezinho lentamente, sorrindo satisfeito, entregando depois a xícara vazia ao seu companheiro de infortúnio, que girou sob os calcanhares e foi em direção ao Café.
Deixou a xícara no balcão e, tranquilo e sorridente, abandonou o recinto, dirigindo-se na direção do amigo, ajudando-o a erguer-se. Seguiram manquejando pela Sete de Setembro em direção à Anchieta. Os cães, alegres, seguiram-lhes os passos. Logo desapareceram na esquina.
Fiquei parado na porta do Café, aturdido diante do gesto de grandeza que presenciara. Segui depois em direção à Praça Coronel Pedro Osório com sensação de solidão, querendo, talvez, a companhia de um cão pulguento e sarnoso, e, de quebra, alguém com o coração generoso a seguir-me os passos, mesmo em demanda do abismo.




sábado, 21 de maio de 2011

domingo, 15 de maio de 2011

1° Mostra 2011 de Arte no Trilha Jardim, com o tema: “Tributo ao Povo Negro”

Convidamos a comunidade para visitar a 1° Mostra 2011 de Arte no Trilha, com o tema: “Tributo ao Povo Negro”. A Mostra terá início em 14 de Maio e se estenderá até 12 de Junho de 2011 aos sábados e domingos das 14h às 18h.

Serão oferecidas atividades de interação com os artistas, com a temática artística e com os fundamentos da arte aos finais de semana durante o mês da Mostra. O evento terá como atração a participação de diversos Artistas Visuais renomados, apresentando o seu trabalho nos diferentes espaços naturais do Trilha.
Artistas participantes da Mostra:
Alice Bender
Arlinda Nunes
Carmem Garrez
Graça Antunes
Helena Badia
Jonas dos Santos
Madu Lopes
Manoel Magalhães
Nauri Sacol
Olga Reis
Paulo Corrêa
Valdir Santana
Zé Darci
Zezinho Santos

 Agendamentos, informações e contatos pelo fale conosco do site do Trilha Jardim (http://www.trilhajardim.com.br/index.php) ou pelo
 e-mail:helenabadia@yahoo.com.br



Exposição de Pinturas de Helena Badia.
"Retrospectiva 15 anos"
De 12 de maio a 02 de junho de 2011.
Horário de visitação: das 7h am as 22 horas.
Local: Corredor do Hospital da FAU
Rua Professor Araujo, 538 - Pelotas/RS

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Dando uma sacudida naquela Senhora chamada Inércia, também conhecida pelo apelido: Preguiça



Este ano tenho feito o possível para retomar minha vida de desenhos, pinturas, escritas e algum artesanato. Desde o meio do ano passado que  minha principal atividade era contemplativa, na verdade, me dedicar a ver o tempo passar. A princípio isto me parecia inútil, hoje vejo que foi ótimo, me trouxe um pouco mais perto do meu centro, me deu uma outra dimensão do meditar. 
Neste mês de maio tenho uma comemoração particularmente importante: quinze anos de arte na minha vida. Para começar, uma mostra no Corredor da FAU. Interessante como algumas pessoas me perguntaram: "mas porque num corredor e tão logo em um hospital?" Não expliquei, apenas sorri, pois explicações nunca foram meu forte. Mas tenho minhas razões! Porque não tentar levar alguma beleza para quem muitas vezes está perdendo as esperanças na vida e sua continuidade. Porque não tentar distrair alguém que está sofrendo ou pelo menos por alguns minutos "dar de um refresco" para quem trabalha por lá. Acho que isso pode ser bem menos vazio do que pendurar desenhos e pinturas numa galeria restrita a poucos olhares.
Enquanto isso uma foto do meu ateliê externo, lá no Shopping Zona Norte (tenho outro para pinturas, em casa) onde desenho, desenho muito!

quarta-feira, 23 de março de 2011

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

AMIGO É COISA PRA' SE GUARDAR...



Always in my heart, mind, soul and in my skin!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

É mais do que tristeza!

NICK, meu mais fiel e amado amigo
Esta é uma tentativa de escrita que nem sei se vai dar certo. Em primeiro lugar porque meu estado de espírito está péssimo, em segundo porque barulho demais a minha volta impede meu raciocínio e conseqüentemente minha escrita.
Ontem aconteceu aquilo que sempre soube que ocorreria um dia, mas parece que sempre a gente tem a ilusão de que estes eventos tão tristes podem ser postergados até a eternidade. Ledo engano.
Perdi meu maior e melhor amigo em toda minha vida, aquele que nunca me cobrou nada, nunca julgou meus atos, apenas me acompanhou e com um amor escrito em seus olhinhos. Meu Nickinho se foi. Morreu em meus braços, que pra sempre irão sentir o vazio da sua ausência.
Quando ele chegou em nossa casa, em 1998 no dia em que completava 4 meses, a idéia é que a dona dele fosse a Lúcia, mas, como todo animalzinho de estimação, ele tomou pra ele  a missão de escolher seu dono e, afortunadamente eu fui a escolhida. Durante quase 13 anos tive o privilégio da companhia dele.
Não sei como serão minhas noites quando estas férias terminarem e o Flávio possivelmente se mude pra longe e a vida retome a rotina pós verão. As pessoas estarão cada vez mais ausentes e eu só como nunca, sem o meu amigo. Não é apenas a solidão e o egoísmo, tão humanos que ditam minhas palavras, mas, a falta imensa que sentirei dele e de sua fidelidade canina, absoluta e maravilhosa daqui pra frente.
Obrigada meu amado amigo eterno por este tempo que passamos juntos e pode ter a certeza que enquanto eu continuar vivendo vou sempre te trazer dentro do meu coração como sendo o amor mais puro e desinteressado que já recebi.