quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Wicca, o culto da deusa-mãe




doutrina Wicca define-se como a busca de auto-conhecimento, da harmonia com os poderes, ritmos e ciclos da natureza e pelo equilíbrio do homem com o seu meio.
A doutrina Wicca define-se como a busca de auto-conhecimento, da harmonia com os poderes, ritmos e ciclos da natureza e pelo equilíbrio do homem com o seu meio. Com base nesta visão, em tradições populares europeias, nas escolas ocultistas e nas técnicas xamânicas, foi sendo construída a religião também chamada Paganismo, Neo-Paganismo ou Religião Antiga, baseada na imagem de uma deusa-mãe.
Wicca significa "A Arte" ou "Bruxaria", e nasceu na tradição anglo-saxónica, inspirada em mitos e divindades celtas, galesas e irlandesas, e pela mitologia greco-romana acrescida das tradições populares.
A doutrina Wicca entende a magia como um conjunto de técnicas capazes de manipular positivamente as energias naturais, e tem como lema: "Faz o que queres, sem prejudicar ninguém".
O paganismo, centrado na Natureza, valoriza os ciclos e a geração da vida. Sugere uma aproximação do matriarcalismo das primeiras sociedades humanas. A observação dos ritmos e da fecundidade da terra inspira respeito e propõe uma relação de cumplicidade entre masculino e feminino, simbolizada pela relação entre Deusa e Deus.
O objetivo da identidade pagã é libertar homens e mulheres dos seus papéis rígidos e estereotipados para que possam viver em comunhão entre si e com o Universo.
O Paganismo é representado pela deusa Sheila-na-gig, deusa da fertilidade na mitologia britânico-celta, que tinha genitais proeminentes, representando a vida nascida da fêmea. Com o advento do Cristianismo, passou a ser descrita como um demônio feminino, e era retratada na parte externa das igrejas inglesas como símbolo do Mal. Algumas outras faces da Deusa são Lilith, Ísis, Deméter e Hécate.
A Deusa é também representada nos aspectos de Donzela, Mãe e Anciã, simbolizados nas fases crescente, cheia e minguante da Lua e o seu consorte é o Sol.
O Feminino Divino foi a imagem sagrada que manteve a humanidade ligada à Natureza e tornou-se sinônimo de fertilidade, sabedoria, harmonia, justiça e beleza. Durante o Neolítico e o Paleolítico, a humanidade viveu em harmonia mágica com o ciclo da vida, mas com o desenvolvimento da civilização, a Natureza passou a ser imaginada como uma força indomada a ser subjugada e controlada.
Foi nesse processo de separação que a unidade da vida se tornou dualidade, Espírito e Natureza, Mente e Matéria, Deus e Deusa. Deus foi identificado com o espírito, a luz, a mente criativa e o bem. À Deusa, foram associados a Natureza, a escuridão, o caos e o mal, associada à mulher pela ligação com os seus ciclos e pelo instinto.

Nenhum comentário: